Com uma carreira de sucesso na Educação, muitas pessoas próximas estranharam, quando disse que largaria tudo, ouviria minha voz interior e seguiria meu sonho, para me tornar fotógrafa. 

Esse tipo de anúncio causa muito desconforto aos brasilienses natos, pois a fórmula da felicidade nesta provinciana cidade é muito previsível: nascer, crescer, estudar numa boa escola, cursar uma faculdade pública, escolher um bom cursinho, ser aprovada num concurso público, ter estabilidade e pronto! Ser feliz.

Como eu já tinha quebrado esse “círculo vicioso” ao responder meu chamado pela Educação, construí minha história de sucesso profissional em escolas particulares de Brasília e após 25 anos de sala de aula, decidi:

 - Quero ser fotógrafa!! 

Não, melhor!

 - Serei “a melhor fotógrafa de Brasília.”

Como fazer uma transição de carreira?

É bem verdade que desde de pequena sempre fui muito transparente nas minhas escolhas … rsrs... adorava dar aulas para as minhas bonecas, posava para fotos, pois sabia que eu tinha um grande potencial para ser “paquita” da Xuxa, e não tenho vergonha nenhuma em dizer isso.

Mas, o tempo foi passando e o amor pela sala de aula foi crescendo de forma avassaladora e, antes mesmo de concluir o tão famoso “curso Normal”, já contava com propostas de trabalho tentadoras das escolas.

Isso foi maravilhoso, pois pude me realizar logo cedo na profissão e conseguir minha tão sonhada independência financeira.

Mas depois de 25 anos, indo e vindo, de escola em escola, sentia que naquele momento queria me permitir novas experiências profissionais.

Tinha recém completado 40 anos e pulsava uma forte a vontade de “posar” para fotos e conhecer o universo do outro lado das lentes. 

O primeiro passo para ter confiança, de que se está no caminho certo, de uma nova carreira, além de ouvir seu coração, é ter a coragem de explorar novos horizontes.

E quando você encontra pelo caminho pessoas parceiras, como meu marido.

Pausa, “esse sujeito maluco é um capítulo, à parte, em minha vida, e merece um post só sobre suas teorias conspiracionistas de dominação do mundo”, você vai atrás de sonhos adormecidos há muito tempo. 

Percebi que já não poderia ser “paquita”, como desejei na adolescência, mas a ideia de ser modelo, ainda me soava muito bem.

Quer ser modelo fotográfico? Antes, fale comigo!

Primeiro! 

Minha breve carreira como modelo fotográfica aconteceu do nada, algo totalmente inesperado!

A história começa numa tarde casual no CCBB de Brasília.

Eu, e o figura do meu marido, relaxávamos tranquilamente, nas redes, ali instaladas e tirávamos fotos do nosso momento.

Uma delas ficou tão natural, que resolvi publicar como foto de perfil nas minhas redes sociais. 

Semanas depois, a inocente aqui, recebeu uma mensagem de uma “agência de modelos” que dizia: “Sua foto de perfil nos surpreendeu, já pensou em ser modelo fotográfica profissional?”

Alegremente fui falar com meu marido, que com seu peculiar e ácido humor, me disse:

 - Isso é golpe! Mas por que não cair propositalmente nele para realizar seu sonho?

Já sabendo que era uma pilantragem, mas motivada pelo meu sonho de criança, aceitei a embromação da agência, paguei caro o valor que eles me pediram e fui para minha desastrosa sessão fotográfica.

Ok! Não foi tão desastrosa assim, curti meu momento fashion, mas “glamour” que é bom nada! Santa Gisele Bundchen, você realmente é uma heroína. 

Essa história fica para um outro post, mas, desde já meninas, CUIDADO!

Quer ser modelo? Fale antes comigo, ok?

Como me tornei fotógrafa?

Meu sonho transformou-se em realidade, eu era modelo, e mesmo da maneira tosca que tudo aconteceu, depois de poucas experiências, percebi que meu lugar era por de trás das lentes, assim, a ideia da fotografia ficava cada vez mais viva. 

Agora, só precisava de um equipamento, pois a coragem e a decisão já estavam tomadas.

Fiz uma loucura, comprei uma câmera e me aventurei, com a cara de pau, a fazer fotos em eventos!

Depois de ouvir uma cantada sem vergonha de um bêbado numa festa e derrubar a decoração de um casamento, percebi que eventos não eram o meu lugar.

Caí numa “deprê” sem tamanho, mas sabia que para ser “a melhor”, aquilo eram minhas barreiras a serem quebradas.

Qual o melhor curso de fotografia para iniciantes?

Festas ensinam muito ao fotógrafo iniciante, é tanta porrada, que você, com certeza, não tem como não aprender na prática, mas preferi estudar na paz de minha santa casinha, no meu querido computador.

Comecei a seguir uma galera de ponta no Instagram, gente que me motivava a ser grande. Foi quando me lancei para uma imersão fotográfica de cinco dias em Pernambuco.

Uau! Venderia meu direito a eternidade para ficar aqui para sempre.

Não só conheci minhas melhores amigas de carreira, mas também o fantástico Photoshop. E esse é outro sujeito do qual eu vou tratar em breve em um outro post.

O melhor curso a se fazer é o clique, essa é a minha principal dica para quem quer começar na fotografia. Sim! Não tenha medo de clicar.

Apenas clicando, você saberá a real necessidade de fazer um curso de fotografia e saber o que realmente precisa aprender no seu momento. Sobre isso falamos depois, tenho dicas maravilhosas para quem está começando.

Por que sou a melhor fotógrafa de Brasília?

Neste post, que parece um click bate, quis apenas contar o início da minha história como fotógrafa da cidade.

Ser a melhor na fotografia, não cabe a mim, e sim, aos olhares do meu público.

Mas posso afirmar que esse post não se trata de um click bate, pelas seguintes razões:

 - Ofertar a excelência aos meus clientes é o meu pacote básico.

Depois de 25 anos trabalhando com os públicos mais exigentes da cidade, aprendi como dar vida aos sonhos deles.

Um ensaio fotográfico, não é, e nem pode, ser barato.

Os públicos exigentes me ensinaram a entregar a minha melhor versão em qualquer atividade que eu queira exercer. Seja professora, fotógrafa, caixa de supermercado ou qualquer outra coisa que eu queira fazer.

Aprendi que excelência e qualidade não são diferenciais a serem ofertados a um cliente, mas sim o mínimo.

Ser a melhor fotógrafa de Brasília, já começa por aí, como eu lido com as expectativas dos meus clientes.

 - A vida, educou meu olhar.

Como uma mulher de quarenta e poucos anos acumulei algumas experiências como frustrações, medos, conquistas e perdas, comecei a perceber que existe muita gente como eu, vi como seria interessante usar a fotografia para revelar cada história velada dessas experiências.

Existe muita técnica fotográfica que pode ser aprendida, treinada e modificada no Photoshop, mas a essência do momento só pode ser captada por quem viveu as duras provas da vida e não se entregou a elas, mas sentiu o aroma dessas experiências de forma leve e aprendeu a eternizá-las em imagens.

 - Mato um leão todos os dias

Oscar Schmidt dizia que não era o mais talentoso jogador de basquete que existia no país, mas sabia que era o mais disciplinado aprendiz das técnicas básicas do jogo, e por isso era o único que ficava horas a mais depois dos treinos, debaixo de uma cesta, treinando lances livres por horas e horas a fio. Ele dizia com isso que matava um leão por dia.

Minha rotina profissional é semelhante a de um atleta. Sei que seguir uma louca rotina de cliques, edição de fotos, gestão de empresa, publicação em redes sociais e atendimento a clientes me faz um pouco melhor todos os dias.

Mato meu leão todos os dias para entregar o meu melhor às minhas clientes e sei que isso me torna melhor que muitos profissionais da fotografia que não seguem tal rotina como eu.

 - Me vejo a modelo de todos os meus ensaios

Quando uma cliente me procura, procuro entender a essência do seu pedido e me coloco no lugar dela.

Além disso, alinho e afino minha equipe para entrar na mesma vibração das minhas clientes. Todos estão prontos para trazer leveza ao ambiente e se sintonizarem ao clima que o ensaio pede.

Faço questão que todos ensaios sejam uma experiência sensorial completa com aromas, sons, texturas e uma leveza na alma que só o bom humor pode propiciar.

Coloco nos ensaios todos os temperos e ingredientes que eu gostaria de sentir em uma experiência fotográfica glamurosa perfeita para mim.

Sou a melhor fotógrafa de Brasília?

Uma carreira de sucesso e um nome na eternidade da fotografia podem exigir muito tempo, estudo, cliques e trabalho árduo. Os grandes fotógrafos que tenho como referência escreveram seus nomes na eternidade só depois de amadurecerem suas vocações.

Ser a melhor fotógrafa é uma questão do olhar fotográfico de cada um, ser a mais disciplinada fotógrafa e fazer a melhor entrega às minhas clientes depende só de mim e por isso sou a melhor, pois estou diariamente construindo isso.

Essas fotos foram tiradas por uma grande parceira e excelente profissional @anaviana.foto , super recomendo o trabalho dela, um outro anjo que ganhei em minha vida, mas essa história também fica para um próximo post.

Um grande beijo, 

                                                                   Alexandra Paz